“Me sinto desmotivado, pois por mais que eu me esforce sou sempre criticado.” “Não adianta, é muito difícil conviver com ela, pois eu nunca sei como está o humor dela.”
Você reconhece ou se identifica com estas frases? Todos os dias nos deparamos com pessoas grosseiras, arrogantes, dissimuladas… Pessoas que têm em seus modelos de comunicação, formas agressivas.
Queixas assim são comuns e causam muito sofrimento emocional. A questão aqui é que, quando modulamos nosso humor a partir do humor dos outros, nos tornamos pessoas “afetáveis”, e sofremos. Ou seja, nos tornamos emocionalmente reféns das variações emocionais externas.
Pessoas com oscilação de humor costumam não se importar com ninguém, falta empatia e são egocêntricas. Elas simplesmente ignoram os sentimentos dos outros e seus lemas são: “sou assim mesmo”; “Quem quiser que me aceite do jeito que eu sou”. O que precisamos atentar é que estes indivíduos são, inclusive, reféns dos seus próprios humores. Ora angustiados e agressivos, ora cheios de brincadeiras forçadas.
Em algumas situações, não temos como nos afastar do convívio delas. Então, o que podemos fazer? Uma estratégia é reagir, o que leva a mais conflitos; outra é se submeter e se sentir angustiado; outra é encontrar formas de se posicionar e ficar bem consigo mesmo.
Pessoas inseguras com baixa autoestima tendem a sofrer mais, pois tem dificuldade em se posicionar. Costumam achar que elas são “as culpadas” e aceitam as críticas sempre como verdadeiras e se sentem fracas e envergonhadas por não conseguirem ter respostas comportamentais com segurança.
Aprender a administrar o próprio humor a partir de quem você é, e de valores positivos, fará total diferença para o aumento da sua sensação de bem-estar. O cultivo da autoestima, da segurança pessoal e não se deixar guiar pelo olhar do outro é o caminho para não nos afetarmos tanto pelo humor alheio. Insegurança e baixa autoestima estão ligadas às crenças de desvalor, medo, sensações de incapacidade, que precisam ser ressignificadas. Todos nós podemos nos autoatualizar quanto às próprias percepções pessoais. Para isso é preciso enfrentar medos e angústias, identificar os elementos estressores e enfrentá-los. Para algumas pessoas é possível aprender a lidar e descobrir maneiras de se valorizar; para outras é preciso apoio profissional. Enfim, dissipar os sentimentos de culpa e diferenciar o que é seu e o que é do outro, é um bom começo.