Você controla sua vida ou sua vida controla você?

Na maior parte do tempo não é possível conseguir fazer as coisas do jeito que queremos porque a vida tem a sua própria dinâmica. A vida tem a sua própria forma de se apresentar, o que significa que, na maior parte das vezes, não teremos um controle exato de como as coisas podem acontecer em nossa vida. 

Devemos tentar controlar ou simplesmente deixarmos a vida correr como ela quiser?

A resposta é o equilíbrio. Vamos pensar em uma corda, um extremo é ter a tentativa de controle absoluto, o outro extremo é não fazer nada, e esses dois extremos são perigosos. Você não fazer nada e você querer controlar a todo custo, são extremos da mesma questão que é o controle.

Então, como seria o equilíbrio, qual seria a melhor forma de fazermos as coisas acontecerem dentro de uma maneira natural?

Precisamos entender um pouco quais são as variáveis envolvidas na organização da nossa vida para podermos ter uma organização que nos leve aonde queremos ir. Ao invés de controle precisamos de planejamento, encaminhamento para qual direção vamos seguir. Fazendo uma metáfora bem simples, se eu quero fazer uma viagem, posso definir se eu quero ir para a praia, ou para o campo, assim que o lugar é decidido, as possibilidades já foram diminuídas em cinquenta por cento. E esse é o planejamento, a partir dele já tenho um norte, um direcionamento para onde quero seguir. Entretanto, temos uma “falsa liberdade” porque pensamos que podemos fazer tudo na hora que quisermos e quando quisermos e não é bem assim. Porque, na verdade, é como se algumas coisas estivessem pré-determinadas, como uma agenda social. Dentro de certas sociedades e culturas é como se existisse um modelo a ser seguido, uma criança nasce, depois de alguns anos vai para a escola, aprende uma profissão, depois conhece alguém e tem filhos e o ciclo começa de novo. É como se existisse uma estrutura de vida que a maioria das pessoas cumpre. Contudo, essa agenda engessa a nossa existência e nos limita dentro de alguns aspectos. E a ideia de controle pode estar atrelado a isso.

Então, além da agenda social e das áreas da vida que nos são importantes como a família, o trabalho, o financeiro, o social e o espiritual, temos a questão do sentido.

O sentido serve para nos dar uma direção para aquilo que estamos fazendo. Acabamos procrastinando, sabotando aquilo que não faz sentido para nós. Quando encontramos sentido, conseguimos organizar todas as ferramentas emocionais, todos os recursos para conseguirmos ir em direção ao caminho que desejamos.

Neste ponto, há quatro perguntas extremamente importantes:

  • Você sabe quais são suas prioridades e como organizá-las? 
  • Você sabe dizer sim para você e dizer não para aquilo que não faz sentido?
  • Você vive arrumando desculpas para não fazer o que é complicado e complexo?
  • Você tem cuidado da sua saúde física e emocional?

Para termos uma organização dentro de um período precisamos determinar quais são nossas prioridades, o que é importante e o que precisamos fazer. Se temos prioridades, precisaremos dizer não para algumas coisas. Haverá momentos em que teremos que renunciar a algumas coisas, alguns convites e alguns trabalhos. Temos que ser firmes e nos mantermos naquilo que acreditamos e em nossa opinião.

Quem não tem prioridade, que não sabe dizer não, não está assumindo o protagonismo da própria vida, essa pessoa terceiriza o seu modo de viver, o que está acontecendo na vida dela. E arruma desculpas para justificar aquilo que não consegue fazer. Devemos ter o mínimo de planejamento, que saibamos para onde estamos nos direcionando, onde queremos chegar.

Se não estivermos bem fisicamente, tudo vira cansaço, tudo vira um fardo, tudo fica difícil. Quando você cuidar da sua saúde emocional e da sua educação emocional, você passa a ter consciência do que é necessário fazer.

Quando você está no centro das suas decisões, você passa a tomar decisão a partir de quem você é, a partir das suas necessidades, dos seus desejos, interesses. 

Não conseguimos controlar o tempo, se vai chover ou se vai fazer sol, mas podemos escolher a época do ano em que viajaremos.

Eu posso fazer um planejamento prévio, definir as prioridades, e assim podemos pensar em alguns comportamentos que vão sustentar nossas decisões, nossas escolhas no caminho que estamos pretendemos seguir.

Alguns comportamentos assertivos que precisamos ter é positividade, autonomia e consciência.

Quando temos positividade, temos fé em nós mesmos e acreditamos, temos esperança que as coisas vão funcionar. 

Ao criarmos autonomia, livramo-nos da insegurança e dos medos que nos bloqueiam e não nos levam a lugar algum. Não precisamos ser a pessoa mais corajosa do mundo, precisamos apenas ter um milímetro de coragem a mais que o medo. Exponha-se, procure possibilidades, arrisque-se na solução de uma coisa que você acredita.

Quando temos consciência, temos foco na solução. Entendemos o problema, as dificuldades, e vamos encontrar uma solução para os nossos problemas. Para o que não tem jeito, vamos encontrar uma forma de nos relacionarmos melhor com o que a vida está nos apresentando. Compreenda os problemas, mas foque na solução e em encontrar possibilidades. Não será fácil, é preciso ter perseverança, insistência, vamos tentar quantas vezes forem necessárias. Tenha uma postura ativa, não reativa.  

Escreva os seus sonhos, suas vontades, leve para o papel, para o bloco de notas do celular. Organize sua vida e comece a trabalhar suas ideias, seus pensamentos, suas vontades em função de/e para você.

É possível termos uma vida mais tranquila, menos sobrecarregada. É possível encontrarmos maneiras de administrarmos todos os nossos compromissos. Pare, organize, veja o que faz sentido para você, esquematize suas prioridades. Conscientize-se, aceite, crie estratégias e pratique.

O começo não é fácil, mas se tivermos perseverança, insistência e foco para o que será feito, vamos chegar lá.

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