É comum nos relatos de pessoas que estão em sofrimento emocional a descrição de modelos de comunicação baseados em críticas, que levam à desentendimentos, ao estresse e ao desgaste das relações. Quando isso acontece uma das observações que faço é sobre a intenção da crítica.
Se é para ajudar, sobre a tal da crítica positiva, a primeira coisa que penso é que o nome poderia ser outro: orientação. Neste caso, a orientação não dever ser apenas uma opinião, um achismo. A orientação deveria ser de alguém que domine determinado assunto e “orienta” aquele que não tem o domínio. Neste caso, o detentor de maior conhecimento transmite, ensina, educa o aprendiz.
Agora se a intenção não é ajudar, qual é a intenção? Neste caso, seria ofender, difamar, menosprezar? Então, não é uma crítica.
Se você é o “criticado” poderia pensar o seguinte: se há uma orientação, aceite e aprenda com quem tem mais experiência. Se for necessário, posicione-se com assertividade. Apresente dados e argumentos válidos, procure estabelecer um canal de comunicação. Mas caso não haja espaço para diálogo, e se for possível, ignore e se afaste, pois você não terá nada de positivo aí.
Quantos exemplos de sucesso que conhecemos e que foram criticados ao longo de suas vidas? Poderíamos pensar em pessoas que alcançaram sucesso independente das críticas que receberam, pois focaram em sua convicções e seguiram em frente, sem perder tempo com o que não agrega.
Em tempo… mas a crítica serve para quê? A crítica é um julgamento, uma competência em analisar e fazer avaliação de algo produzido. Podemos pensar no crítico literário, gastronômico, musical, etc. Indivíduos que normalmente são especialistas em suas áreas com expertise sobre determinado assunto. A crítica especializada é um parâmetro, uma referência, que pode ou não ser levada em consideração.
E no nosso dia-a-dia precisamos reconhecer e nos proteger emocionalmente de críticas destrutivas e maldosas, mesmo que embaladas de boas intenções.
