Na série, “This is us”, que conta a história dos trigêmeos, Kevin, Randall e Kate Pearson. Há uma cena que é um bom exemplo sobre a formação de uma crença paralisante. E é assim:
Kate, tinha o sonho de ser cantora, mas ela nunca teve coragem de se apresentar, embora soubesse cantar. Seu namorado sempre a apoiou até que ela marca uma apresentação em um bar. Tudo estava indo muito bem, até que durante a apresentação sua mãe chega.
Kate consegue fazer a apresentação, mas muitas emoções são expostas. Na cena seguinte, Kate e sua mãe tem um diálogo, no qual a mãe explica a Kate que ela sempre se importou, e que ela sabia do seu potencial e que “com o tempo ela se tornaria uma grande cantora”. Então, Kate resolve falar tudo o que sente.
“Você sente pena de mim, você está me compensando e eu estou sempre me sentindo como uma menininha incapaz. Tudo o que você é eu não sou, e você gostaria que eu me tornasse a pessoa que você nunca se tornou.”
Neste trecho pode se compreender que Kate de alguma forma, ao longo de sua vida produziu a crença de que ela não era boa suficiente, pois o apoio de sua mãe não era autêntico, pois ela mesmo não conseguiu ser a cantora que gostaria. Kate se liberta, pois ela compreendeu e expressou, o que sentia.
Produzimos sentido, a partir de nossas referências, em um processo cultural, internalizando o que nos é apresentado. A boa notícia aqui é que crenças são produzidas inconscientemente e podem ser desaprendidas conscientemente.
Aceitar que há um problema é um passo, depois vem a consciência de como ela se apresenta. Descobrimos os sentimentos e emoções envolvidas, e então, através de um mergulho profundo, vamos ao encontro dos momentos referenciais.
No instante que compreendemos os motivos da formação de nossas crenças. Quando esse momento catártico acontece as crenças se dissolvem como uma nuvem levada pelo vento e o que fica é uma incrível sensação de que as fichas caíram.
