Você tem jogado tênis ou frescobol em suas relações?

Muitas pessoas que me procuram, apontam com demanda principal de seus problemas seus relacionamentos, seja no trabalho, na vida pessoal, em seus relacionamentos sociais e afetivos, ou seja, nas relações interpessoais.


Uma ideia que gosto de apresentar para as pessoas é sobre como elas estão administrando suas relações. Então, eu pergunto: você está jogando tênis ou frescobol em seus relacionamentos?


Em seguida faço outra pergunta: qual o objetivo dos tenistas em quadra enquanto estão jogando? A resposta esperada é: derrubar a bolinha do lado adversário, fazer com que o outro jogador erre, etc. E é isso. No jogo de tênis o objetivo é desestabilizar, tirar o adversário da jogada, e lá vai pancada para lá e para cá. E isso é natural, é um esporte, uma competição.


Mas e quando levamos esse conceito para nossas relações? Quando enxergamos as pessoas com as quais convivemos como adversários e nos posicionamos para o ataque e contra-ataque. Quantas vezes você já se pegou em um diálogo, se preparando para responder sem antes ouvir o outro lado? Quantas vezes você já se preparou para uma conversa, pensando não em seus argumentos, mas sim em como “derrotar” o seu “adversário”?


Por outro lado no frescobol, aquele joguinho ingênuo, que jogamos na praia, qual é o objetivo? A resposta esperada é: não deixar a bolinha cair, independente se a bola veio torta, difícil; fazemos o máximo esforço para ela não cair. Boas relações são baseadas nesta ideia do frescobol, quando ouvimos, compreendemos e buscamos, de todo jeito, uma maneira de todos os envolvidos se sentirem bem.


No tênis há apenas um vencedor, no frescobol só há vencedores se todos ganharem. Sendo assim, relações baseadas no conceito do frescobol, tendem a ser mais produtivas, leves, de parceria, de ganho mútuo, de compreensão.


É por isso que nas sessões de terapia, procuro ajudar as pessoas a encontrarem o autoconhecimento e o equilíbrio emocional, caminhos para aprender a administrar as relações com assertividade, ter mais segurança pessoal e não precisar “atacar” o outro. Esses são fatores que levam a empatia e a relações autênticas e saudáveis.

Compartilhe seu amor

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *